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A prostituição nem sempre foi desprezada e criticada como em nossos tempos. Uma prática que existia desde a antiguidade, algo digno e que existia até mesmo dentro dos templos. Lins (2007: 249) salienta que “mulheres respeitáveis faziam sexo com o sacerdote ou com um passante desconhecido, realizando assim um ato de adoração a um deus ou deusa”. Acrescenta ainda que “as acompanhantes eram tratadas com respeito, e os homens que usavam seus serviços lhes rendiam homenagens. Acontecia também de as próprias sacerdotisas serem as acompanhantes”. Tudo isso para favorecer a fertilidade da terra e uma maneira de louvar os deuses. O meretrício passou a ser comercializado depois que os templos foram fechados com a chegada do Cristianismo. “A prostituição individual, hoje tão comum, era excepção. A maioria das mulheres vivia em bordeis e casas de banho”. As mulheres entravam para a prostituição por causa da pobreza, inclinação natural, perda de status e até mesmo por pressão familiar. Os fregueses eram encontrados nas tavernas, praças, casas de banho e ate mesmo nas igrejas. Mesmo com a condenação da igreja e todo seu rigor, as relações extraconjugais e pré-maritais eram muito usuais. Para os homens, era uma maneira de “afastá-los da homossexualidade” e desestimulá-los da prática do estupro. Os jovens assim tinham assim a oportunidade de “afirmar sua masculinidade e aliviar suas necessidades sexuais”. A importância da prostituição era tamanha na dinâmica da sociedade que o rei Carlos VII da França reconheceu a necessidade dos serviços oferecidos pelos bordéis autorizando a presença destas casas de tolerância. Freqüentadores que não eram apenas jovens no auge de suas puberdades, mas também clérigos. Richards, (1993: 123) analogamente diz que “a acompanhante na sociedade e como a esgoto no palácio. Se retirar o esgoto, o palácio inteiro será contaminado”. Tentativas existiam para controlar e organizar a prostituição. A igreja incentivava as mulheres a não se prostituírem mais e constituir família. A verdade é que a esta altura, a prostituição já era uma realidade na sociedade, entre as pessoas, algo consentido, à vista para quem quisesse. Esta é uma época marcada pelas chamadas “costureirinhas”, em que mulheres que não querendo fazer parte da classe operária, preferem prostituir-se. Importante ressaltar que neste mesmo período, a sífilis, doença que aterrorizava as pessoas, propagava-se cada vez mais. Lins, (2007) cita ainda Hitler que, “impõe em 1935 a lei que torna obrigatório o exame pré-nupcial, proíbe o casamento de homens com doenças venéreas e lhes impõe a esterilização pela castração”. Surge a sifilofobia que é o pavor da sífilis. O CLIENTE Com a liberação nos anos 60, imaginou-se que a prostituição sucumbiria a satisfação sexual, pois o sexo agora era permitido e supostamente, os homens não teriam mais necessidade de buscar tais serviços. Mas nada disso ocorreu, a acompanhante saiu daquela imagem de mulher sofrida para ser uma mulher jovem, bonita, e bem vestida. As Mídias passam a divulgar como nunca a prostituição e os homens, mesmo bem em seus casamentos, bem-sucedidos continuavam a se relacionarem com acompanhantes. Por quê? Para começar a responder esta pergunta, recorro a Chiland, (2005: 112) em que argumenta que “existem homens que são impotentes com as mulheres que eles estimam e respeitam, a exemplo da mãe e das irmãs, e só conseguem cumprir o ato sexual com acompanhantes”. É uma realidade clínica cuja importância Freud viu bem para a compreensão da psique a clivagem entre a madona e a puta está sempre prestes a surgir ou ressurgir no homem. Mas não são os clientes, mais numerosos das acompanhantes. E a autora acrescenta ainda que “o apetite polígamo do homem se satisfaz recorrendo a uma acompanhante ocasional ou regular. Ou as acompanhantes lhe trazem "satisfações especiais" que ele não ousaria pedir à sua mulher, ou que ela lhe recusou felação, coito anal, práticas sadomasoquistas. Perversão e prostituição estão implicadas. Na prostituição, os beijos não fazem parte do contrato, em que cada parte do corpo, cada buraco, cada especialidade é tarifada”. (Ibidem) Parece-me que então, os homens buscam o sujo, o vulgar e o obsceno, o qual só obtém somente com a acompanhante, que é aquela que está corrompida aos conceitos morais e éticos de uma sociedade. É aquela que permite-se e vai possibilitar ao sexo em todos os termos e de todas as formas. A impressão que tenho é que a acompanhante carrega a essência da contravenção. Vejamos a citação abaixo: Com a acompanhante, o homem se sente livre para fazer o que deseja no sexo, do jeito e da forma que quiser e quando tiver vontade. O pagamento em dinheiro o livra de qualquer outro tipo de dívida. Não precisa se preocupar com o que a mulher deseja, se está agradando ou correspondendo as suas expectativas. Não há nenhuma cobrança. Se ela tem ou não orgasmo não é problema dele. Não precisa fingir que está apaixonado ou que vai procurá-la novamente, nem precisa pensar numa desculpa quando ela lhe telefonar. Isso nunca vai acontecer. Mesmo sendo um prazer individual, as regras não deixam dúvidas e ninguém esta sendo enganado. (LINS, 2007: 257) Como percebemos ao final da citação, existem regras, portanto. As profissionais exigem o uso do preservativo dos clientes, assim como algumas outras imposições. Algumas não fazem sexo anal entre outras coisas. O tempo do pseudo-puritanismos e dos falsos-pudores acabaram. Hoje o que existem é um culto ao narcisismo, a uma exacerbação da individualidade e da auto-suficiência. “´Conheça-te a ti mesmo' e 'Ama-te' são as duas condições prévias para qualquer valorização do ego”. SOMOS TODOS PROSTITUÍDOS As acompanhantes então eram pessoas que colocavam em cheque a moral de uma sociedade e a hipocrisia desta mesma. Lins (2005) levanta uma questão interessante. Baseando-se no significado do dicionário, que dá a seguinte explicação para acompanhante, “mulher, que pratica o ato sexual por dinheiro”, a autora suscita algumas perguntas e reflexões, “Então, quantas mulheres casadas, respeitadas e valorizadas socialmente se prostituem com seus próprios maridos? Quantas moças são educadas para só se casar com homens que lhes possam dar conforto e dinheiro? Quantas mulheres solteiras só aceitam ir para um motel com um homem se antes ele pagar o jantar num restaurante caro?” (idem, 261) Tudo é feito escondido e não revelado, para preservar a respeitabilidade destas mulheres. A acompanhante por sua vez, é desprezada, mas em compensação, seu jogo é aberto. Observem o que diz Beauvoir (1980: 324), "entre as que se vendem pela prostituição e as que se vendem pelo casamento, a única diferença consiste no preço e na duração do contrato." Esta é uma questão antiga e construída através da história, principalmente com o advento do patriarcado, em que a mulher era vista como um objecto de compra e venda. Esta relação entre opressor e oprimido, fez com que a mulher se defendesse utilizando as armas que tinham, no caso o próprio corpo e assim, através do prazer, para atender as exigências sexuais masculinas, mantinham acordos em troca daquilo que precisavam. Mas vou fazer uma outra reflexão e esta sim, algo na qual considero presente em nossas vidas. Uma vez que a prostituição caracteriza-se pela venda do corpo e com isso, existe a gratificação financeira, existe algo formal, a compra de um serviço. [http://www.luxacompanhantes.com apartadox] Pois bem, a “compra” e a “venda” são termos os quais gostaria de chamar a atenção, pois compramos ideais e opiniões, bem como nos vendemos também. Considero que a humanidade é prostituída, pois sempre estamos em busca de benefícios próprios, nem que para isto, tenhamos que comprar votos, e, diga-se de passagem, isto é comprar uma ideologia, o poder de escolha, assim como vendemos o que nos convém, os mesmos votos, por exemplo, porque talvez a pessoa não faça ideia da importância de votar adequadamente nas urnas, sabendo que possui ali um poder de decidir o futuro de seu país. São mulheres bonitas de corpos esculturais e conhecimentos na alta sociedade. Além do dinheiro, muitas também procuram prazer: são acompanhantes de luxo. Todas fazem parte de uma "pequena comunidade secreta" a ser investigada por um sociólogo português. Bernardo Coelho trabalha no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e em 2002 começou o trabalho de pesquisa para tentar perceber "as atracções no contexto das acompanhantes e os seus clientes". Hoje vai apresentar alguns dos resultados da investigação na conferência "As regras da atracção", que se realiza na Culturgest, em Lisboa. Deixou de lado as mulheres de rua, as que estão envolvidas em redes, as que trabalham pensando "quanto mais depressa despachar o cliente, melhor", para se centrar nas acompanhantes. Acompanhantes estas que se focam em cidades de maior movimento e como tal maior procura, tais como Porto e Lisboa. Embora recentemente se tenha verificado um aumento significativo na procura de acompanhantes também na Madeira. Neste estudo, a precariedade e a vulnerabilidade da mulher que faz sexo em pensões ou no carro do cliente e a mulher que arrisca tudo, até ser vítima de violência, dão lugar a um mundo onde o "sexo fraco" se pode dar ao luxo de escolher quem atende. Dinheiro é a motivação principal Mas existem vários tipos de acompanhantes: há as dos anúncios nos jornais, as dos sites na Internet tais como luxacompanhantes.com, massagens,net, portalprivado.com, apartadox.com entre outros, e ainda as das redes de contactos restritos. Em comum têm apenas a resposta à pergunta "o que as leva a fazer isto?": Dinheiro. E é o uso que lhe dão que faz a diferença, daí a diferença e o evoluir da descrição “ putas” para acompanhantes. "Algumas vêem a prostituição numa lógica da sobrevivência, porque dependem exclusivamente do que ganham e muitas vezes precisam do dinheiro para sustentar os filhos. Depois existe um outro grupo que pede valores muito mais elevados e que usa o dinheiro apenas para ter uma vida que consideram mais glamourosa e luxuosa", explica Bernardo Coelho, acrescentando que "usam o dinheiro para outros consumos, como ter um carro melhor, poder fazer viagens ou tratamentos em SPA´s". Além dos bens materiais que conseguem ter com o dinheiro que ganham, estas mulheres têm prazer com a sua actividade, até porque "erotizam a própria prática da prostituição". No final dos encontros, sentem que foi "mais uma fantasia sexual cumprida". Prostituição ultra-secreta "É uma prostituição ultra secreta", reconhece Bernardo Coelho, que está a aprofundar a história de duas mulheres. Não têm anúncios nos jornais, nem deixam contactos em sites da Internet e, por isso, aceder a estas mulheres jovens e bonitas com corpos esculturais está ao alcance de muito poucos, apesar de desejadas por muitos. "A rede é completamente fechada, ninguém sabe que esta ou aquela mulher é uma acompanhante nem quem são os homens que recorrem aos seus serviços", diz. Só os homens com poder económico, que pertencem a classes sociais de algum estatuto, com profissões liberais ou de direcção conseguem ter a companhia destas acompanhantes. O investigador explica que este é um "mundo social restrito" onde circulam discretamente mulheres entre os 18 e os 35 anos, idade em que entram numa "fase de decadência, porque o corpo deixa de corresponder às expectativas que os homens querem". Os seus atributos físicos, o uso que conseguem fazer do seu corpo, os conhecimentos linguísticos e até a possibilidade de poder viajar fazem subir o seu preço. "Claro que o corpo é o centro da capacidade de atracção. Quanto mais chamativos são os seus atributos, melhor". Custa ter uma mulher destas? E quanto custa ter uma mulher destas? "Os valores não são tangíveis", explica o sociólogo. O homem não deixa dinheiro na mesinha de cabeceira, nem as mulheres aceitam receber por um encontro. "Às vezes, eles podem pagar a renda da casa ou do carro, fazem transferências bancárias...". Escolheram-nas para ter relações sexuais descomprometidas, para romper com relações rotineiras e poder simular a conquista sexual, mas muitos homens acabam por ficar dependentes delas. Os homens procuram-nas para afirmar a sua masculinidade, mas no final "têm medo de serem expostos e, por isso, aceitam as regras delas com alguma passividade. Existe um grande temor de se poder descobrir que, afinal, aquela mulher não é uma conquista, desvalorizando a sua masculinidade". Existem ainda casais praticantes de swing ou troca de casais, que também prestam serviços sexuais a terceiros em troca de dinheiro e prazer igualmente comparados com as acompanhantes de luxo. Neste mesmo “ mundo” de acompanhantes e prostituição podemos encontrar os travestis. Travestis são pessoas que vivem uma parte significativa do dia ou mesmo o dia-a-dia como se fossem do sexo oposto. Além de se travestirem com roupas do sexo oposto é comum a utilização de um nome social, corte de cabelo, adoção de modos e de timbre de voz consoantes com o sexo almejado. O uso de hormônios e a realização de cirurgias estéticas, incluindo próteses de seios e aumento dos glúteos, são muitas vezes utilizados por travestis para aproximar o corpo ao desejado. O termo travesti, na raiz latina, tem origem na língua francesa como uma variante da Burlesque (um gênero artístico) fortemente associada ao erotismo, onde mulheres se apresentavam com roupas pequenas e provocantes a partir do século XV. Outro termo semelhante, transvestite, de origem alemã, foi cunhado a partir dos estudos do sexologista alemão, Magnus Hirschfeld, que publicou a obra Die Transvestiten em 1925.10 Nessa obra o termotransvestite descreve pessoas que se vestiam voluntariamente com roupas do sexo oposto. De acordo com Jaqueline Gomes de Jesus, a categoria travesti é mais antiga que a categoria transexual, por isso é mais utilizada. Essa maior utilização, no entanto, é marcada pelo preconceito, já que o sentido empregado é, grande parte das vezes, pejorativo. Para esta autora, a maioria das travestis prefere ser tratada no feminino, considerando insultuoso serem adjectivadas no masculino, por isso devemos dizer as travestis e não os travestis. Assim, pode-se definir como travesti as pessoas que "vivenciam papéis de género feminino, mas não se reconhecem como homens ou como mulheres, mas como membros de um terceiro género ou de um não-género". REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEAUVOIR, S. de. O segundo sexo, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. CHILAND, C. O sexo conduz o mundo, Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2005. LINS, R. N. A cama na varanda: arejando nossas ideias a respeito de amor e sexo: novas tendências, Rio de Janeiro: Bestseller, ed. rev. e ampliada, 2007. Silvia M. Mundo secreto das prostitutas de luxo, Portugal: Agência Lusa, 2008 JESUS, Jaqueline Gomes de. Orientações sobre Identidade de Gênero: Conceitos e Termos Brasil, 2012
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